Em tempos de discussão de identidade sexual, eis que se começa a falar também nos Ecossexuais, ou pessoas que fazem sexo com a natureza. Possivelmente a prática existe a milhares de anos, mas apenas a partir deste século ganhou um rótulo propriamente dito.
Como todo termo, ele apresenta definições variadas que vão desde usar produtos sexuais sustentáveis (preocupando-se com o impacto que preservativos, lubrificantese outros brinquedos sexuais provocam no meio ambiente), práticas ao ar livre sem roupa (tais como nadar nu em rios, caminhar sem roupa na floresta, escalar nu), até masturbar-se em cachoeiras, esfregar-se em plantas, flores, árvores, pedras ou no solo,com o intuito de atingir o orgasmo.Indivíduos mais “dedicados” à prática podem até se “casar” com a lua, o sol, o céu, as montanhas, o carvão, a neve ou o mar.
O objetivo do movimento é deixar de ver o planeta terra como nossa moradia, ou como uma mãe, para enxergá-lo como nosso amante. A ideia é salvar a terra, fazendo sexo com ela, gerando, ao mesmo tempo, conscientização, cuidado com a natureza e reconexão com o próprio corpo.
A socióloga norte-americana Jennifer Reed, estudiosa do tema, postula que o termo “ecossexualidade” existe desde o começo dos anos 2000 (quando começou a aparecer em descrições de perfil de sites de namoro), ganhando força como movimento social a partir de 2008. Acredita-se que existam pelo menos 100 mil pessoas ao redor do mundo que se identificam como Ecossexuais.
Importante mencionar que Ecossexuais podem ser heterossexuais, homossexuais, bissexuais, assexuais… o que importa é o apaixonamento pela terra. E, claro, vale continuar fazendo sexo com outros seres humanos também.
Para quem quiser ver fotos ou vídeos das práticas dos Ecossexuais, basta colocar o termo no Google. As imagens não serão publicadas aqui.