Relacionamento depois dos 50 anos e os desafios enfrentados na busca pelo amor

Relacionamento depois dos 50 anos e os desafios enfrentados na busca pelo amor

Estamos acostumados a enxergar relacionamentos como algo que precisamos definir até os 30 e poucos anos, pois depois fica “muito tarde”. Mas muito tarde para quem? O amor não tem idade, certo? A sociedade já vem mudando um pouco esse pensamento com as novas gerações, mas ainda estamos muito longe do ideal.

A última temporada de “Casamento às Cegas”, reality show de relacionamento da Netflix, trouxe luz ao debate sobre relacionamentos depois dos 50 anos. Intitulada “Casamento às Cegas: nunca é tarde”, essa temporada reuniu participantes mais velhos, acima dos cinquenta anos, que estão na busca pelo grande amor, mostrando que nunca é tarde para amar.

Ao longo dos episódios, diversos debates foram levantados, tanto entre os participantes, quanto por situações de preconceito e tabus que os mais velhos sofrem no dia a dia, principalmente relacionados ao etarismo.

Mas o que é etarismo?

Para quem não sabe, etarismo é quando o preconceito, a discriminação e os estereótipos são baseados na idade da pessoa. Nos mais jovens, esse preconceito se manifesta pela acusação de não serem experientes o suficiente para certas coisas ou pela imaturidade. Já para os mais velhos, o etarismo se apresenta por meio de atitudes negativas, numa visão de incapacidade, como se eles fossem velhos demais para fazer determinadas coisas, inclusive namorar e ter uma vida sexual ativa.

E quais são os impactos que o etarismo pode trazer?

  • Abandono e invalidez: todo tipo de preconceito afeta as pessoas de alguma forma e o etarismo não é diferente. Sentimentos de inutilidade e abandono contribuem para o desenvolvimento de ansiedade e depressão;
  • Isolamento social: além disso, por serem colocados de lado, eles tendem a se isolar e se excluir de atividades e oportunidades, afetando sua qualidade de vida e o convívio social;
  • Expectativas sociais e baixa autoestima: por conta do julgamento e opiniões externas, é comum que isso mexa com a autoestima das pessoas, principalmente através de comentários como “Você não está muito velho(a) para isso?”;
  • Saúde e condicionamento físico: com a idade, é comum termos limitações físicas e apresentarmos problemas de saúde crônicos, e é claro que isso pode impactar na qualidade de vida e dinâmica do casal.
  • Reconstrução pessoal: após o fim de longas relações, como divórcios ou até mesmo a perda de um parceiro, pode ser difícil sentir-se pronto para novos amores e sonhos.
    É claro que diversos fatores acabam impactando essas relações, assim como o convívio social, conforme vamos envelhecendo, mas a forma que aprendemos a entender nossos próprios limites e desejos, ajudam na formação de vínculos saudáveis e na busca por amor.

 

Independentemente da idade, é muito importante cuidarmos da nossa saúde mental e não ligar para os estereótipos e tabus que a sociedade cria. A grande verdade é que estes estereótipos já estão ultrapassados, principalmente se levarmos em consideração que as experiências que temos ao longo da vida nos tornam mais maduros para saber exatamente o que queremos (e, principalmente, o que não queremos também…).

Por esse motivo, você pode encarar essa fase como uma chance de aproveitar as novas possibilidades, de se priorizar e acreditar que você merece um relacionamento que te faça sentir bem. E lembre-se que, realmente, nunca é tarde para amar.

Compartilhe esse conteúdo

Alguns artigos do mesmo tema