A depressão é um transtorno mental que afeta pessoas de todas as idades. No entanto, a depressão em idosos pode apresentar características específicas e desafios únicos, principalmente no diagnóstico da doença. Isso porque, muitas vezes, ela é mascarada por mudanças naturais associadas à idade.
Neste artigo, exploraremos estratégias para identificar, compreender e tratar o transtorno. Confira abaixo.
Por que é difícil de diagnosticar?
A depressão é um transtorno que afeta a saúde mental e emocional. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que cerca de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem da doença. Entre os sintomas mais comuns associados à depressão estão falta de disposição, tristeza, sensação de vazio, cansaço constante, irritabilidade, entre outros. Mas por que, no caso dos idosos, é mais difícil diagnosticar o transtorno?
Isso acontece porque os sinais são frequentemente associados a problemas típicos da idade, como fadiga e falta de energia. E, não só os familiares têm dificuldade para identificar os sintomas, como é comum que os próprios idosos demorem a perceber e, até mesmo, a aceitar que têm a doença.
Possíveis fatores desencadeadores
Idosos que perderam seus parceiros que dividiram a vida por décadas. Que se aposentaram, mas sentem falta da rotina de trabalho. Que não podem mais fazer um esporte que amavam, por conta de limitações físicas.
A terceira idade, muitas vezes, traz mudanças drásticas para a vida. Aposentadoria, perda de entes queridos e limitações físicas são só alguns exemplos de mudanças que podem desencadear sentimentos como desesperança, vazio, inutilidade e tristeza.
Em casos extremos, esses sentimentos podem levar ao suicídio. De acordo com o Boletim Epidemiológico, a faixa etária acima dos 60 anos teve as maiores taxas de suicídio nas regiões Nordeste, Sul e Centro-oeste, no ano de 2019.
Como identificar os sintomas?
Alguns sintomas comuns entre os idosos são apatia, sofrimento emocional e físico, com a presença de dores, cansaço constante, tontura e falta de energia. Mas como identificar que se trata da depressão e não de doenças “físicas”? Acontece que, muitas vezes, esses idosos vão ao médico por conta dessas queixas, mas não conseguem fechar um diagnóstico clínico.
Além disso, também é comum acontecer alterações no sono e no apetite. Nesses casos, a insônia e a falta de apetite são prevalentes, fatores que podem levar a perda de peso, fragilidade e maior suscetibilidade a doenças, por exemplo.
Como tratar esses casos?
A depressão em idosos merece atenção e compreensão. Ao reconhecer os sinais precocemente e fornecer apoio adequado, podemos melhorar a qualidade de vida dessa população mais vulnerável. Se você conhece alguém que possa estar enfrentando a depressão, incentive-o a buscar ajuda e ofereça apoio.
E, nesses casos, os familiares desempenham um papel vital no incentivo à busca pelo tratamento adequado. A ajuda de um profissional especializado é fundamental para tratar o transtorno, prevenir complicações e recuperar o bem-estar e a qualidade de vida.